Tudo o que você precisa saber sobre a cura 'funcional' da AIDS

Bebê nos EUA é apresentado como primeiro caso de cura 'funcional' da doença - entenda o que isso significa
Neste domingo, dia 3 de março, foi anunciada a primeira 'cura funcional' do HIV. O paciente em questão é uma criança, que foi tratada desde seu nascimento. Mas o que é a cura funcional e qual é a diferença dela para a cura de fato?

Na cura funcional, o vírus não foi completamente erradicado do corpo, mas não é mais detectado por exames comuns. Mas isso significa que, apesar dos vírus não terem sido exterminados do corpo da criança, ela poderá viver uma vida saudável sem precisar tomar o coquetel de remédios para o HIV continuamente.

A pesquisa foi feita no Centro da Criança Johns Hopkins, por cientistas da Universidade do Mississippi e da Universidade de Massachusetts. Acredita-se que o método usado nesta criança possa ser usado como exemplo para tratar outros pacientes jovens. Mas apenas crianças?

O método teve sucesso justamente pelo acompanhamento desde o nascimento do bebê, que nasceu de uma mãe infectada. Já nas primeiras horas de vida, ele passou a receber medicamentos antirretrovirais. 18 meses depois, ele parou de tomar os medicamentos quando seu corpo parou de exibir os sinais da doença. E, 10 meses depois da interrupção do tratamento, os vírus ainda não eram detectados, assim como os sintomas da AIDS.

O tratamento funcionou porque estruturas que tornam o vírus mais difícil de ser eliminado ainda não haviam se formado quando o bebê começou a ser tratado e, com os medicamentos, não chegaram a existir. Logo, foi mais fácil erradicar o vírus do corpo. É possível que essa descoberta mude a forma com que bebês infectados são tratados, mas mais estudos precisam ser feitos para que os resultados sejam confirmados em outras crianças. Novamente, o método só poderá ser replicado em recém-nascidos.

Cura da AIDS

Até hoje apenas um caso de completa erradicação do vírus da AIDS no organismo foi registrado. Um homem, que passou por um transplante de medula (que veio de um doador mais resistente ao vírus, uma característica genética muito rara), teve todos os traços do HIV apagados de seu corpo. Mesmo assim, por esse tipo de doador ser muito raro, não é possível que esse método seja aplicado em todos os pacientes soropositivos e ele não pode ser considerado a cura definitiva para a AIDS.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI332408-17770,00-TUDO+O+QUE+VOCE+PRECISA+SABER+SOBRE+A+CURA+FUNCIONAL+DA+AIDS.html