Cloro é a melhor opção para água potável?

Há alternativas mais saudáveis e  seguras
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), níveis de cloro de quatro partes por milhão ou menos na água potável – seja de poços particulares ou reservatórios municipais – são aceitáveis do ponto de vista da saúde humana. Kits de teste de água doméstica são acessíveis nos Estados Unidos (a partir de US$5) e podem detectar níveis de cloro e outros elementos . Adminsitrar os testes é fácil e pode dar aos pais uma maneira de envolver crianças na ciência para propósitos práticos desde cedo.


A princípio, o cloro era usado na água potável de Jersen City, Nova Jersey, para reduzir doenças infecciosas transmissíveis pela água há mais de um século. Ele era tão eficaz na destruição de bactérias e vírus potencialmente nocivos que a prática logo se espalhou.

Atualmente, cerca de 98% de todas as instalações de tratamento de água dos Estados Unidos usam alguma forma de cloro para limpar suprimentos de água potável. A American Water Works Association (AWWA), um grupo comercial que representa empresas de água de todo o país, dá ao cloro na água potável os créditos por um aumento de 50% na expectativa de vida de norte-americanos no século passado. De fato, alguns consideram a cloração de água potável como uma das maiores conquistas da história da saúde pública.

Mas outros não têm tanta certeza de que o cloro na água potável deva ser considerado seguro.

Oponentes da cloração apontam estudos ligando a exposição repetida a quantidades vestigiais de cloro na água com uma maior incidência de câncer retal, de bexiga e de mama.

O problema é a capacidade que o cloro tem de interagir com componentes orgânicos da água fresca para criar trihalometanos (THMs), que quando ingeridos podem encorajar o crescimento de radicais livres capazes de destruir ou danificar células vitais no corpo. Além do câncer, a exposição aos THMs pode ser ligada a outros problemas de saúde, incluindo asma, eczema, doença cardíaca, e maiores taxas de aborto e defeitos de nascimento.

Donos de poços particulares que desconfiam do cloro têm outras opções para desinfetar a água.

Um pequeno passo seria substituir o cloro por cloramina, um derivado da amônia que não se dissipa no ambiente tão rapidamente como o cloro e que tem uma tendência muito menor de gerar toxinas quando interagem com compostos orgânicos na água.

Traços de cloramina na água, porém, também podem não agradar a todos, porque provocam erupções cutâneas após o banho em uma pequena porcentagem da população e aparentemente pode aumentar a exposição ao chumbo em lares mais antigos já que absorve esse metal pesado de canos velhos.

Outra opção, apesar de algo custosa, seria adquirir uma máquina para purificar a água. Unidades de ozonização desinfetam a água adicionando moléculas de ozônio  a ela e não deixam resíduos, têm preços a partir de US$9 mil.

Outra opção seria uma máquina de tratamento com raios UV – a partir de US$6 mil ou mais – que elimina vírus e bactérias ao passar a água por raios UV.

Talvez a abordagem mais sensata e acessível seja filtrar a água das torneiras. Filtros de torneira ou de jarros baseados em carbono podem fazer maravilhas para a remoção de impurezas da água potável. Eles até podem ser instalados em chuveiros para pessoas com pele sensível.

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/sera_que_o_cloro_e_a_melhor_opcao_para_purificar_agua_potavel_.html